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Formação Jovens Comunicadores 25.1

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  1. Tecnologias Digitais, Comunicação Popular e Comunitária.

    Introdução às Tecnologias Digitais e sua Aplicação na Comunicação Comunitária/Popular
    3 Tópicos
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    1 Questionário de avaliação
  2. Ferramentas e Estratégias para Produção de Conteúdo Audiovisual
    3 Tópicos
  3. Enfrentamento a desinformação (Narrativas) Jornalismo Comunitário
    3 Tópicos
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    2 Questionários
  4. Desvendando o Mundo do Design Gráfico
    3 Tópicos
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    2 Questionários
  5. Vigilância Popular em Saúde
    Fundamentos da Vigilância Popular em Saúde
    3 Tópicos
  6. Ferramentas e Métodos de Monitoramento Popular
  7. Saúde e Racismo
  8. Racismo Ambiental e Emergências Climáticas
Aula / encontro progresso
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📅 Data: 12/04/2025 (Sabado)
📍 Com Paula Latgé

Queridos jovens comunicadores, esse é um módulo muito importante onde serão trabalhados os diferentes sentidos do conceito de vigilância, como também as diversas abordagens, até a construção conceitual da vigilância popular em saúde e seu papel.

 

  • E para você o que é vigilância?
  • Você já se sentiu vigiado? Conte quando e como?

 

 

Segundo definição do dicionário: “Vigilância, ato ou efeito de vigiar, pode significar cuidado, prudência, e até mesmo interesse por algo.”

 

Na atualidade somos monitorados o tempo todo, por câmeras, celulares, relógios conectados, nossas ações digitais são monitoradas e convertidas em algoritmos para oferta de anúncios, e estímulo ao consumo.

 

O tema da vigilância não é novo… já foi trabalhado e apresentado em vários livros e filmes, inclusive tem uma série contemporânea chamada Ruptura que apresenta uma proposta de dividir a mente para separar a vida pessoal da profissional, você já ouviu falar?

 

Há também o livro 1984, de George Orwell, onde o autor apresentou a questão de uma sociedade vigiada por câmeras e controlada pelo Grande irmão, livro publicado em 1949, mas muito atual. E para quem gosta de BBB, foi este livro que inspirou o TERMO GRANDE IRMÃO e SERVIU DE INSPIRAÇÃO PARA A CASA MAIS VIGIADA DO BRASIL.

 

Deixamos aqui o link https://www.youtube.com/watch?v=N5qRlJEDE7Y para você conhecer mais sobre o livro1984, a partir de uma resenha ilustrada.

 

Você teria outras indicações?

 

Outro ponto importante é a relação entre vigilância e controle, que muitas vezes andam de mãos dadas, como nos alerta o escritor Yuval Harari: 

“Sistemas de vigilância podem ser igualmente arriscados. Nas mãos de um governo benigno, algoritmos poderosos de vigilância podem ser a melhor coisa que já aconteceu ao gênero humano. Mas os mesmos algoritmos de Big Data podem também dar poder a um futuro Grande Irmão, e podemos acabar em um regime de vigilância orwelliano, no qual todo mundo é monitorado o tempo todo.”(HARARI,2018, p.92)

IMPORTANTE: Falar de vigilância exige cuidado, mas aqui vamos trabalhar com VIGILÂNCIA POPULAR EM SAÚDE, e qual seria a diferença do casamento entre vigilância e popular?

 

Segundo o dicionário PRIBERAM o termo popular significa:

 

Popular – adjetivo de dois gêneros

  1. Relativo ou pertencente ao povo.
  2. Que é usado ou comum entre o povo.
  3. Que é do agrado do povo ou de um conjunto alargado de pessoas.
  4. Vulgar, notório.
  5. Democrático.
  6. Que se transmite informalmente ou com base na tradição oral, por oposição a erudito (ex.: música popular; palavras formadas por via popular).

 

A VIGILÂNCIA EM SAÚDE é o levantamento, coleta de dados de forma contínua e sua sistematização para avaliação e divulgação dos resultados, visando definir prioridades, prevenir doenças e acompanhar tendências.

 

Segundo as Diretrizes Nacionais da Vigilância em Saúde (2010):

“A vigilância em saúde tem por objetivo a observação e análise permanentes da situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo-se a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde.”

 

Tendo como ações: Promoção, prevenção e controle de doenças e agravos à saúde, devendo-se constituir em espaço de articulação de conhecimentos e técnicas.

 

IMPORTANTE: Segundo as diretrizes do Ministério da Saúde: “A vigilância em saúde inclui o controle das doenças transmissíveis; a vigilância das doenças e agravos não transmissíveis; a vigilância da situação de saúde, vigilância ambiental em saúde, vigilância da saúde do trabalhador e a vigilância sanitária.”

 

São componentes da vigilância em saúde:

 

  1. A vigilância sanitária que são ações capazes de “eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, na produção e circulação de bens e na prestação de serviços de interesse da saúde.” (MS 2010)
  2. A vigilância epidemiológica busca:  detectasse e prevenir mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva para identificar fatores determinantes e determinar estratégias de prevenção, assistência e promoção em saúde.
  3. A vigilância da situação de saúde: análise de indicadores por localidades.
  4. A vigilância em saúde: busca identificar fatores determinantes e condicionantes do ambiente que interferiram na saúde humana.
  5. Vigilância do trabalhador: identificar e prevenir agravos relacionados ao trabalho.

 

Para tanto o Brasil conta com 2 sistemas de vigilância em saúde:

 

– Sistema Nacional de Vigilância em Saúde que é composto pelos subsistemas: i) subsistema nacional de vigilância epidemiológica, de doenças

transmissíveis e de agravos e doenças não transmissíveis; ii) e subsistema nacional de vigilância em saúde ambiental, incluindo ambiente

de trabalho.

– Sistema Nacional de Vigilância Sanitária – coordenado pela Anvisa.

 

Voltando a vigilância popular em saúde, qual seria, então, a diferença?

 

Segundo (ALVES, 2013):

 

“A vigilância popular consiste em olhar e intervir junto ao Estado, promovendo a apropriação da população do conhecimento técnico-científico em diálogo com saberes populares. É também promoção de saúde por meio do conhecimento, informação, redução das vulnerabilidades, e antecipação dos riscos para reforçar o modo de vida pela via popular e emancipatória.”

 

Podemos concluir que a vigilância popular em saúde é a valorização dos saberes populares   para a produção de conhecimento contextualizados, que considerem a realidade a partir da vivência das pessoas e dos territórios.

 

A COVID 19 fez emergir muitas experiências de vigilância popular em saúde como por exemplo o Painel Unificador Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro que vale ser conhecido, que tal fazer uma visita no site: https://experience.arcgis.com/experience/8b055bf091b742bca021221e8ca73cd7/ 

VOCÊ SABIA: Que o projeto jovem comunicadores também é uma experiência premiada em vigilância popular em saúde? 

O artigo Comunicação, educação e vigilância popular em saúde em tempos de COVID-19 – a experiência das comunidades de Niterói, RJ, de Paula Kwamme Latgé, Daniela Nunes Araújo, Aluísio Gomes da Silva Júnior apresenta a experiência.

RESUMO DO ARTIGO:

O acesso à internet, renda mínima e à segurança alimentar no contexto  do coronavírus (COVID-19) evidenciam a fragilidade social. Neste contexto, um grupo de jovens comunicadores da cidade de Niterói no Rio de Janeiro foi mobilizado pela OSC BemTV Educação e Comunicação para compor um capaz de enfrentar  as dificuldades de acesso à internet e construir coletivamente a checagem de informações, combate a notícias falsas, capilarização do acesso e fortalecimento das políticas e estratégias para conter a exponencialidade da contaminação comunitária

Para quem quiser ler mais, aqui está o artigo completo: https://apsemrevista.org/aps/article/view/110 

Como jovem comunicador, como você se percebe fazendo vigilância popular em saúde?

Conclusão, há sempre um risco quando pensamos vigilância, que muitas vezes é entendida como controle fiscalização, entretanto, quando a vigilância ganha o caráter popular, ela se torna mais democrática e participativa, o que pode proteger dos processos de dominação.

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