

EVELINE VILAR DE ARAUJO
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EVELINE VILAR DE ARAUJO
Membro19 de agosto de 2021 em 18:48 em resposta a: Recebendo Noticias- compartilhando postaisEVELINE VILAR DE ARAUJO
Membro14 de março de 2021 em 21:51 em resposta a: Registro sobre o olhar decolonialA experiência de descobrir que estamos imersas na colonialidade, como afirmou Aílton Krenak, foi ao mesmo tempo perturbadora e fascinante. Ver o mapa_mundi ao “contrário” do “normal”, refletindo sobre as relações de poder que estão por trás dessas e de outras convenções, sobre o eurocentrismo, despertou em mim a curiosidade sobre o olhar decolonial. Mas o que me perturbou mesmo, a ponto de me causar uma forte dor no estômago por uma semana, foram o clip “erro de português” e o documentário “guerras do Brasil”, arrematado pelo desabafo, pelo choro da nossa colega no debate virtual. Porque a partir do momento em que me sensibilizo mais e passo a enxergar as atrocidades que antes não via, sinto_me convocada a escavar as minhas concepções sobre meu modo de estar no mundo e de me relacionar comigo mesma, com as pessoas, com a natureza… E agora, o que fazer da angústia com essa luz toda que está se apresentando ofuscante fora da caverna em que eu estava? Com os pés descalços no chão, respiro fundo, convoco a forca e a luz dos antepassados e vamos pesquisar e estudar, né, minha filha? O que estou descobrindo já é assunto para outra postagem…
EVELINE VILAR DE ARAUJO
Membro10 de março de 2021 em 21:48 em resposta a: Textos Coletivos sobre Tradição OralGrupo Karipuna
A tradição oral são conhecimentos ancestrais que atravessam os tempos. Heranças de vidas com seus conhecimentos humanos e são transmitidos de geração a geração de um povo. Tudo que aprendemos e também passamos para outras pessoas.
Essas verdades formam teias e rizomas que vai ligando ponto a ponto da tessitura da vida e por ela devemos agradecer.
Como diz Kaka Werá “o céu é um mundo espiritual, é a raiz de todos nós. A terra é a contraparte material do espírito”.
Grupo:
Aucelia, Eveline, Joana, Marisa, Valéria
Meu nome é Eveline Vilar de Araújo, nasci em 29/10/1968, na cidade de Caruaru_PE, mas minhas raízes estão Panelas, cidade do interior do agreste pernambucano, onde morei até 2015. Sou professora, cursei Pedagogia, atualmente resido em Recife e trabalho como coordenadora de biblioteca de uma escola estadual de ensino médio. Meu nome tem cheiro de manjericão fresco, magenta é a cor da minha voz, no meu olhar eu gostaria de guardar a imagem do pôr do sol, o som do meu abraço é o das ondas quebrando na praia, minha história tem gosto de brigadeiro!
Meus antepassados mais remotos são espanhois, da região da Catalunha, onde se fixaram os primeiros grupos, vindos das “Arábias”. Em 1600, os Vilar mudaram-se aos poucos para Portugal. Aproximadamente em 1730 chegou à Paraíba o português Bento da Costa Vilar, que deu origem aos Vilar no Nordeste. Não conheço a história dos meus tataravós, pouco sei dos bisavós. Minha avó materna era de Bom Conselho-PE, meus avôs paternos e maternos nasceram Mata Grande, Alagoas, eram tio e sobrinho, mas foram criados como irmãos. Meu pai já era nascido quando vieram morar em sítios vizinhos no município de Panelas, dando origem a uma família numerosa, pois meu avô paterno teve 20 filhos e meu avô materno 11, sendo que vários primos casaram-se entre si, inclusive meu pai e minha mãe.
Dos meus avós, conheci apenas a minha avó materna e o meu avô paterno, os demais já tinham falecido quando nasci. Convivi com vovô Honorato, que me influenciou a gostar de leitura, de poesia, de histórias, de “causos”: nas férias escolares ele me aconchegava na rede para contar suas histórias, recitar seus poemas e sempre estava lendo… Meu pai e minha mãe sempre fizeram questão de nos contar desde a infância como superaram as dificuldades e desafios por que passaram, seguindo os exemplos dos nossos avôs, avós. São para mim exemplos de força, honestidade, resiliência, solidariedade, que procuro seguir para honrar nossos antepassados.
Ok. Entendi.