Aula / encontro Progresso
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Prestou atenção no encontro de ontem? Compreendeu o que é texto e a importância de manter uma estrutura lógica na construção do seu texto?

Se tiver dúvidas, volte à aula anterior ou converse com sua monitora.

A proposta da atividade de hoje é que você crie um texto para divulgar um conteúdo da Agência Popular Jovens Comunicadores. Se liga no passo a passo:

Passo 1: Leia sobre o dia da favela (deixamos um exemplo lá embaixo)

Passo 2: Lembre-se: o texto precisa ser autêntico. Escreva POUCO, mas seja atraente. O objetivo é fazer com que seu público tenha curiosidade de saber mais, responder à sua mensagem e conversar contigo. E quem sabe até te contar uma história nova.

Passo 3: Compartilhar o texto com sua monitora.

Passo 4: Fazer as revisões que a monitora solicitar e compartilhar seu texto na sua lista de transmissão.

Ficou com alguma dúvida? Fale com sua monitora. Não fique perdido(a) sozinho(a)

Texto para encurtar e adaptar com a sua linguagem citando a fonte!

Reportagem da Revista Exame:

Empreendedorismo na favela: 50% dos moradores de favela têm seu próprio negócio, diz estudo

No dia 4 de novembro é celebrado o Dia da Favela. A data foi reconhecida em 1900 pela CUFA (Central Única das Favelas) após o delegado Dr. Enéas Galvão redigir um documento dizendo que o Morro da Providência precisava ser ‘’limpo”, trazendo adjetivos negativos aos moradores locais e colocando a palavra “favela” em um documento público pela primeira vez. Os moradores decidiram eternizar o dia como forma de reconhecimento do local onde moram.

“Sabemos das dificuldades que existem nas favelas, e o que seus moradores têm de enfrentar, driblar e contornar. E o Dia da Favela está aí exatamente para isso, para destacar e protagonizar a capacidade e a resiliência que os mais de 18 milhões de brasileiros, que vivem nesses territórios. É preciso inovar, empreender, criar soluções e celebrar a vida”, afirma Celso Athayde, CEO da Favela Holding e fundador da Central Única das Favelas (CUFA).

Com 423 favelas no Brasil e 17,9 milhões de habitantes, se todas as favelas fossem um estado teriam a 6ª maior massa de renda do Brasil, com os moradores movimentando R$ 202 bilhões em renda própria por ano, ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, segundo estudo realizado em março deste ano pelo Instituto Locomotiva.

Esse alto consumo é um dos fatores que estimula esses moradores a ter um desejo profissional em comum: empreender. O estudo mostra a preferência dos 2.423 entrevistados pelo Data Favela.

  • 35% querem ter um negócio próprio
  • 12% passar em um concurso
  • 10% conseguir um emprego
  • 9% ter uma profissão
  • 6% ser promovido

“Empreender significa não ter que baixar o nariz para os chefes. A população da favela, que é a concentração geográfica da desigualdade do Brasil, muitas vezes teve que se humilhar e omitir o lugar onde mora para conseguir passar em uma entrevista de emprego. Muitas vezes tem que passar horas em um transporte público para ganhar um salário-mínimo. Por isso, moradores da favela que empreendem buscam mudar essa realidade. Não enxergam na carteira assinada a possibilidade de realizar seus sonhos,” afirma Renato Meirelles, presidente do Data Favela.

Atualmente, 50% dos moradores de favela empreendem, o que somam 5,2 milhões de empreendedores, destes apenas 37% tem CNPJ. Entre os tipos de negócios mais comuns nas favelas, se destacam, segundo estudo:

  • 15% são restaurantes e lanchonetes;
  • 10% cuidados com beleza / saúde / estética
  • 8% comércio / manutenção de roupas
  • 6% revenda de produtos de cosméticos / comunicação e social mídia / limpeza e sorveteria
  • 4% comércio /manutenção de eletrônicos
  • 3% relacionados a cultura / projetos sociais / motorista de app / artesanato
  • 2% vendas diversas / revenda / Academia de ginástica

Entre os moradores das favelas que pretendem abrir um negócio,7 em cada 10 pretendem abri-lo dentro da favela. Segundo Meirelles, existe uma razão para isso:

“Abrir o negócio dentro da própria favela, é antes de tudo estar conectado com a família e transformar a sua relação social, de amigos e vizinhos, em clientes. Essa é a melhor forma para o negócio crescer rapidamente e ao mesmo tempo aumentar o PIB da favela.”

Mesmo com o empreendedorismo, as condições das favelas ainda são preocupantes. A pesquisa mostra que segurança e moradia ainda são as maiores preocupações dos moradores:

  • 27% Segurança para os moradores
  • 19% Melhores condições de habitação / moradia
  • 15% Mais infraestrutura, como rede de esgoto, iluminação
  • 9% Melhor saúde
  • 9% Opções de lazer
  • 8% Melhor educação
  • 5% Respeito para os moradores
  • 2% Mais opção de transporte
  • 5% outros”

Fontes:

Revista Exame – https://exame.com/negocios/empreendedorismo-na-favela-50-dos-moradores-de-favela-tem-seu-proprio-negocio-diz-estudo/

Data Favela – https://www.instagram.com/datafavela/?hl=en

Central Única das Favelas – https://cufa.org.br/