Respostas do fórum criadas
Porã Eté – Educação e Cultura
Membro1 de abril de 2021 em 14:51 em resposta a: Roteiro para o podcast Tradição e Literatura@maria-heloisa-rosa Oi Helo, boa tarde. Pode tentar mandar por aqui o áudio. Se não conseguir manda por email [email protected]
Oi Maila, Boa Tarde!
Sobre os aspectos emocionais a serem considerados na adolescência no Blog da ASEC (http://www.asecbrasil.org.br/blog/) tem algumas matérias bacanas!
Sobre a crise e a fase “adolescência”, como vimos nos nossos encontros, isso é uma construção histórica, social, cultural, política e econômica. Quanto mais nos aproximarmos de cada um, cada uma na sua singularidade mais vamos ver que não cabem em caixinhas pré-estabelecidas!
Aqui tem um texto legal: http://www.adolescencia.org.br/site-pt-br/adolescencia
Seguimos trocando por aqui!
Bjs, Camila
Olá Gu,
Saudades! Sentimos falta de vocês nos últimos encontros. Espero que estejam bem!
Para trabalho com sexualidade temos muitos materiais interessantes nas áreas de materiais complementares dos nossos encontros, que podem te inspirar. Como por exemplo esse aqui: http://www.adolescencia.org.br/site-pt-br/educacao-integral-em-sexualidade
No site da Educação integral também tem pistas bem legais: https://educacaointegral.org.br/metodologias/como-planejar-um-projeto-de-educacao-sexual-na-escola/
Esse aqui também é bem legal para trabalhar com gravidez na adolescência: https://www.unicef.org/brazil/media/3101/file/Trajetorias_plurais.pdf
O que sinto é que é importante mobilizar os educadores, os/as adoelscentes e também as famílias. Fazer um trabalho integrado, partindo sempre das questões que eles querem trabalhar, conversar, discutir.
A iniciativa, por exemplo, de exibir um filme e depois conversar sobre ele (como você já vem fazendo) pode ser bem legal. Escolher filmes que tratem de temas que possam levar à reflexões sobre sexualidade. Pedir aos próprios adolescentes que indiquem filmes que querem ver. Sugerir que eles também produzam seus próprios vídeos que abordem tais temáticas. Ou seja, criar espaço de escuta do que eles querem conversar e propiciar espaços de criação com eles.
Com relação a sua segunda pergunta sinto que o que liga e o que separa as adolescências são as pontes que construímos entre elas. As conversas inter-geracionais costumam ser muito ricas. Já desenvolvi projetos nos quais os/as adolescentes entrevistavam pessoas mais velhas (mães, pais, tios, tias, avós, avôs, vizinhos) sobre como era namorar, casar, se masturbar, ter filhos, se apaixonar na época deles. E depois fizemos várias rodas de conversas com pessoas de diferentes gerações conversando sobre sexualidade humana.
O que sinto sobre “não ser um pai inacessível, que crie mais obstáculos que abertura para o diálogo com meu filho e a minha filha” é se colocar nesse lugar de que sim chegamos primeiro e, portanto, temos experiências que eles ainda não tiveram, mas não somos os “donos da verdade”, estamos aqui abertos para aprender o que ainda não sabemos e disponíveis para ouvir as experiências deles e dispostos a conversar sobre elas. Se colocar na relação como quem quer construir junto os limites e as possibilidades possíveis a partir do que eles mesmos trazem.
Acho que a Comunicação Não Violenta (CNV) também traz pistas importantes para esse diálogo. Tem um vídeo bem explicativo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=uofE9CnWDYU&t=625s
Enfim, seguimos conversando.
Beijos,
Mila
Oi Marina,
Sentimos sua falta nos últimos encontros. Como você está? Mande notícias.
Deixamos alguns materiais interessantes sobre educação sexual na escola e diversidade, nos materiais complementares dos nossos encontros. Navegando por lá você vai encontrar. E depois conta para gente o que achou e se conseguiu utilizar.
Tem um texto do Alexandre Bortolini que também pode ser interessante para você (copia o link aqui e coloca no browserdo google para vc ler: http://diversidade.pr5.ufrj.br/images/BORTOLINI_-_Diversidade_Sexual_e_de_G%C3%AAnero_na_Escola_-_Rev._Espa%C3%A7o_Acad%C3%AAmico.pdf)
Seguimos juntas por aqui tirando os espinhos e encontrando maneiras de trabalhar com beleza esse tema que é imprescindível hoje para todas nós.
Um beijo,
Camila
Olá Daiana,
Sinto que todos nós humanos vamos precisar nos reinventar, e não somente os e as adolescentes! Em tempos de pandemia estamos sendo convidadas a pensar novas maneiras de existir e nos relacionar. Vamos juntos com eles criar essas novas possibilidades. Ainda não temos as respostas, mas podemos juntos experimentar novos formatos. As atividades online, por exemplo, já estão nos provocando a criar outras maneiras de interagir. Sinto que é importante manter a troca, o diálogo, a conversa franca com os e as adolescentes. Indicando inclusive que apesar de não termos as respostas para todos os desafios estamos dispostas a criá-las em parceria com eles.
Para iniciar uma conversa sobre sexualidade muitas podem ser as portas de entrada, mas sugiro que a primeira seja a partir do que eles gostariam de conversar? O que eles acham que é sexualidade? O que gostariam de conversar sobre isso? E a partir das perguntas que eles trouxerem podemos criar com eles um plano de atividades.
Vamos pensando juntas!
Bjs,
Camila
Oi Juliana,
Sinto que as redes realmente trazem novos desafios… Vamos seguir por aqui dialogando sobre esses dilemas e as novas possibilidades da gente existir e interagir via redes. O Pluriverso é uma nova possibilidade de interação… Podemos trazer os/as adolescentes para cá também! O que você acha?
Bjs,
Camila
Luiza, querida!
Foi muito bom contar com sua presença e participação nas rodas de conversa! Sinto que a sua experiência como uma professora jovem de adolescentes nesse momento tem muito a nos ensinar. Essa troca de saberes a partir da experiência é sempre muito rica e potente!
Sinto que como educadoras, a melhor maneira de acolher os receios dessas revoluções é criando espaços de conversar sobre elas! Abrir espaços nas famílias, nas escolas, nas organizações com outros adultos e educadores para que possamos cada vez mais conversar sobre isso!
Essa tensão entre gerações é parte da nossa história! É uma boa tensão! Ela nos mobiliza para aprender sobre o que ainda não sabemos! Que possamos conversar com os/as adolescentes que é preciso honrar quem veio antes de nós e que possamos conversar com adultos e educadores que é preciso estarmos abertos ao novo que é criado por quem vem depois de nós!
A sexualidade é algo que precisa estar na escola desde a educação infantil, já que é tema vital para a vida de todos/as nós! O assunto só deixará de ser considerado “delicado” depois que pararmos de temer falar sobre ele e integra-lo ao nosso trabalho não como eixo transversal mas como tema fundamental.
O que sugiro com relação aos adolescentes do 8o ano que estão tendo aulas online, nesse momento da pandemia, é que a questão seja colocada para eles pensarem como podemos resolver. De fato, é importante que o espaço da privacidade seja respeitado. Talvez possam escrever em algum lugar preservado sobre o que pensam ao invés de falarem ao vivo no online. É importante também garantir que os/as adolescentes não falem das suas vidas pessoais, se não quiserem, mas possam se posicionar com suas opiniões sobre os assuntos levantados.
Acho que o caminho para tentar chegar nos estudantes que se recusam a estudar é procurar colegas deles que estejam participando e tentar mobilizá-los para que eles atraiam os que não estão vindo. A participação é algo que mobiliza as adolescências a querer estar! No entanto, a gente só participa por livre e espontânea vontade do que faz sentido para nós! A escola faz sentido para os estudantes hoje? De que maneiras a escola pode fazer sentido para eles? Talvez isso precise ser respondido por eles e eles mesmos possam nos ajudar a reinventar o que a escola precisa “ensinar”, propor, trabalhar contando com a participação efetiva deles! Eles como autores do processo de ensino-aprendizagem!
Dá uma olhada nesse material:
http://desiderata.org.br/assets/Educacao_Com_Adolescentes_Aprendizados_do_Instituto_Desiderata.pdf
Beijocas com carinho, Camila
Alê querida, foi uma delícia ter você com a gente nas rodas de conversa.
Só de você estar aqui com a gente já indica que você está disponível para ser a mãe que você já é, disponível e aberta! Como as questões da sexualidade referem-se a própria vida sinto que para não ser “invasiva” é preciso estar perto, estar atenta, com disposição para ouvir o que os filhotes tem a dizer, a dialogar com eles a partir das demandas e das suas próprias percepções sobre eles e seus processos. Não querer saber mais do que eles tem a contar, confiar no que eles te contam e estar sempre aberta ao diálogo e a troca.
Sinto que as adolescências de hoje terão que se reinventar com essa nova condição de socialização e trocas, não só no mundo virtual mas também com possibilidades de encontro presencial em pequenos grupos, em lugares abertos, com todos os cuidados necessários (máscaras e álcool). Sinto que eles saberão inventar essas novas possibilidades de troca com criatividade a partir do apoio de nós adultos.
Seguimos juntas! Vamos trocando por aqui.
Beijos com carinho, Mila